segunda-feira, 7 de abril de 2008

* Maria Cadeira e Juca, o Homem

Maria Cadeira era ainda jovem quando avistou Juca, o Homem, pela primeira vez. Estava escuro, a noite já tinha posto o vestido de estrelas, e usado o brinco da Lua.
Maria Cadeira trabalhava tanto que nem cadeira tinha para se sentar. Juca, o Homem, havia nascido homem e, desde que a sua mãe lhe vira o sexo pela primeira vez confirmava ao mundo ser Homem com um “h” grande por demais! Por outras palavras este tinha o poder no sexo.
Belo dia, a noite vestia o seu vestido de estrelas a primor e colocava o brinco da Lua com todos os toques de sedução. Maria Cadeira saía de casa perfumada como uma rosa. Ao avistar Juca, o Homem, fora convidada para dançar ao som do vento.
Passaram-se horas naquela bela valsa que mais parecia uma dança de encantar. O olhar permanecia apaixonado a todo o momento.
Uma mão ia começando a percorrer as costas lentamente, começando a conhecer melhor aquela por quem o corpo de Juca fervia e pedia aconchego.
Maria deixava-se conhecer. Abraçava-o cada vez com mais força e arranhava-o, puxava-o, queria-o tanto só para ela. Um beijo, outro e mais outro… eram tão poucos mesmo assim.
O clima aquecia, as roupas eram desnecessárias. E ali se encontravam pela primeira vez esquecendo tudo e todos, sendo felizes pelo menos no momento, naquele momento!
(2006.04.13)

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