Quando um pequeno raio de sol espreita, milhões de pessoas sorriem naturalmente. Assim o fez Maria que, ao fim de dias e dias a fio fechada em si mesma, se decidiu mostrar ao mundo.
À tarde, por volta das 17h, Maria tomou o seu chá, envandeirou-se, pôs o batôn e saiu. Começou por caminhar pelas ruas da sua antiga vida agitada, mas desta vez sozinha. Andou, andou e fartou-se de andar. Andou tanto que até se perdeu em pensamentos e mais tarde em recordações (Mal daquele que não recorda da sua última dança debaixo da chuva!).De cabeça inclinada, mãos encolhidas e um andar já muito desajeitado, lá ia ela caminhando em direcção ao parque.
Quando chegou mil pessoas também se deixavam perder: uns em pensamentos, outros em leituras, uns em jogos, outros neles próprios...todos estavam ocupados demais para ver o seu triste caminhar. A não ser o ganso Osnag, que atentamente ouvia as suas histórias contadas com suspiros e lágrimas, ao som do vagaroso caminhar de Maria, a já reformada prostituta da cidade.
Landeck 10/03/2010
quinta-feira, 11 de março de 2010
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