A comida dançava ao som da música indiana, pelo meu esófago dentro. Sinto-me mais uma vez estupidamente só. As saudades? Imensas! O teu sorriso inesquecível! Onde estás? Queria tanto falar contigo, tenho tanto para te contar. Partiste sem avisar e nem sequer me deste a oportunidade de te dizer o quanto foste importante. Aí saudade, saudade…
(2006.07.25)
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Quem sou? Ninguém. Apenas eu!
O corpo é um vício. É importante pois cativa, chama a atenção, acende paixões, dá-nos prazer e alegria, mas não nos diz quem realmente somos!
(2006.06.29)
(2006.06.29)
* Maria Cadeira e Juca, o Homem
Maria Cadeira era ainda jovem quando avistou Juca, o Homem, pela primeira vez. Estava escuro, a noite já tinha posto o vestido de estrelas, e usado o brinco da Lua.
Maria Cadeira trabalhava tanto que nem cadeira tinha para se sentar. Juca, o Homem, havia nascido homem e, desde que a sua mãe lhe vira o sexo pela primeira vez confirmava ao mundo ser Homem com um “h” grande por demais! Por outras palavras este tinha o poder no sexo.
Belo dia, a noite vestia o seu vestido de estrelas a primor e colocava o brinco da Lua com todos os toques de sedução. Maria Cadeira saía de casa perfumada como uma rosa. Ao avistar Juca, o Homem, fora convidada para dançar ao som do vento.
Passaram-se horas naquela bela valsa que mais parecia uma dança de encantar. O olhar permanecia apaixonado a todo o momento.
Uma mão ia começando a percorrer as costas lentamente, começando a conhecer melhor aquela por quem o corpo de Juca fervia e pedia aconchego.
Maria deixava-se conhecer. Abraçava-o cada vez com mais força e arranhava-o, puxava-o, queria-o tanto só para ela. Um beijo, outro e mais outro… eram tão poucos mesmo assim.
O clima aquecia, as roupas eram desnecessárias. E ali se encontravam pela primeira vez esquecendo tudo e todos, sendo felizes pelo menos no momento, naquele momento!
(2006.04.13)
Maria Cadeira trabalhava tanto que nem cadeira tinha para se sentar. Juca, o Homem, havia nascido homem e, desde que a sua mãe lhe vira o sexo pela primeira vez confirmava ao mundo ser Homem com um “h” grande por demais! Por outras palavras este tinha o poder no sexo.
Belo dia, a noite vestia o seu vestido de estrelas a primor e colocava o brinco da Lua com todos os toques de sedução. Maria Cadeira saía de casa perfumada como uma rosa. Ao avistar Juca, o Homem, fora convidada para dançar ao som do vento.
Passaram-se horas naquela bela valsa que mais parecia uma dança de encantar. O olhar permanecia apaixonado a todo o momento.
Uma mão ia começando a percorrer as costas lentamente, começando a conhecer melhor aquela por quem o corpo de Juca fervia e pedia aconchego.
Maria deixava-se conhecer. Abraçava-o cada vez com mais força e arranhava-o, puxava-o, queria-o tanto só para ela. Um beijo, outro e mais outro… eram tão poucos mesmo assim.
O clima aquecia, as roupas eram desnecessárias. E ali se encontravam pela primeira vez esquecendo tudo e todos, sendo felizes pelo menos no momento, naquele momento!
(2006.04.13)
Monêpa
De pele fina com um olhar perdido ela tentava esconder o seu medo. Estava num local desconhecido, alheio a toda a sua vida Ela não pertencia ali, aquele lugar nem sequer a sabia receber.
O tempo passava, ela não entendia nada, apenas sentia estar só e distante. Olhava à sua volta e tentava (re)conhecer alguma semelhança com o seu passado, com o dia de ontem, mas nada! O nada era muito maior,ocupava o seu olhar e enchia a sua cabeça com o vazio. Enquanto isso, o medo apoderava-se do resto do corpo.
De pele fina com um olhar perdido ela dançou ao som do silêncio de braços dados ao medo, até olhar o vazio pela última vez. 06/01/2005
O tempo passava, ela não entendia nada, apenas sentia estar só e distante. Olhava à sua volta e tentava (re)conhecer alguma semelhança com o seu passado, com o dia de ontem, mas nada! O nada era muito maior,ocupava o seu olhar e enchia a sua cabeça com o vazio. Enquanto isso, o medo apoderava-se do resto do corpo.
De pele fina com um olhar perdido ela dançou ao som do silêncio de braços dados ao medo, até olhar o vazio pela última vez. 06/01/2005
"O colírio do amor
O amor existente entre deus Krishna e a sua amante, Radha, é inequebrável e imenso. Num dia em que Radha passeava placidamente pelos campos, encontrou várias pastoras. Saudou-as e disse:
-Caras amigas, é curioso, mas hoje vejo Krishna em todo o lado.
As pastoras responderam:
-Radha, puseste o colírio do amor nos teus olhos, por isso vês o teu amado constantemente.
As pessoas que alcançaram um elevado estádio da evolução da consciência, ao contemplar um rosto, vêem nele o rosto de todas as criaturas."
CALLE,Ramiro; Os melhores contos espirituais do Oriente;A Esfera dos Livros; Lisboa, 2006.
-Caras amigas, é curioso, mas hoje vejo Krishna em todo o lado.
As pastoras responderam:
-Radha, puseste o colírio do amor nos teus olhos, por isso vês o teu amado constantemente.
As pessoas que alcançaram um elevado estádio da evolução da consciência, ao contemplar um rosto, vêem nele o rosto de todas as criaturas."
CALLE,Ramiro; Os melhores contos espirituais do Oriente;A Esfera dos Livros; Lisboa, 2006.
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