De vestido preto comprido desenhando as curvas do corpo, ela sai apressada. Os caracóis soltos sapateiam ao ritmo dos seus passos. Nos pés uns saltos altos guiam-na a qualquer lugar onde tu possas estar.
O salão estava cheio mas mesmo assim ela chamava a atenção cegando a vista de quem queria ser visto por ela. Lola, gostava de dançar com a anca enquanto andava, de mostrar o peito com um sorriso maroto num decote em V e, de dar sorrisos espontâneos.
Finalmente, chegas. Ali trocam palavras carinhosas, e o desejo aumenta enquanto a comida desaparece. Na sobremesa prometem um mundo inteiro de amores eternos impossíveis. (Sim, todos nós sabemos que existem momentos de felizes, agora amor eterno isso é paradoxal!)
De seguida, quase que se queimam com o café com tanta paixão, a necessidade de se amarem mais uma vez é cada vez maior. Pagam a conta e saem, é altura de irem mais uma vez a um Motel.
No quarto pétalas vermelhas por todo o lado embelezam o tamanho de tanta paixão, uma banheira redonda cheia de água pronta a receber dois corpos mais uma vez, uma garrafa de champanhe e duas taças altas de vidro fino, uma cama feita com uns lençóis escuros, do tamanho da noite que os esconde, e por fim, umas frutas para no final saciar a fome.
Ele despe-a lentamente deleitando-se como um artista quando aprecia uma obra de arte. Ela em movimentos lentos deixa-se levar como se uma valsa viesse tocando baixinho do seu coração, e todo o seu equilíbrio hormonal descontrola-se, a respiração altera-se, e começa a tocar-lhe mais e mais… as mãos não param, o desejo é ainda maior. Amam-se e voltam a amar-se, não fosse a vida tão passageira…
(2007.02.16)
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